Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. A depressão extrema pode levar o jovem a idealizar o suicídio, sendo essa uma das maiores causas de morte entre crianças e jovens de 10 a 24 anos. Algumas crianças e adolescentes podem não falar sobre seus pensamentos negativos e desesperançosos, por vergonha e por acreditar que ninguém conseguirá entende-lo.
Os adolescentes ouvem constantemente que “estão vivendo os melhores anos de suas vidas”, mas nós adultos esquecemos as pressões e angustias que vivemos na adolescência. Não há uma causa única para a depressão, mas vivência de situações estressantes, contexto familiar conturbado, pensamentos negativos e fatores genéticos podem aumentar as chances de um jovem desenvolver depressão.
Por ser um diagnóstico médico complexo, diferente de estar de “chato”, “rabugento” ou triste, que são estados de humor passageiros, onde logo o adolescente volta ao seu estado “normal”, a depressão se caracteriza por um tempo mais prolongado dos sintomas. Diferente dos adultos,
Os seguintes sintomas podem ser observados em um jovem com depressão:
• Humor deprimido – Tristeza, irritabilidade (explosão de raiva), negatividade.
• Perda de prazer em atividades – Desinteresse por atividade que gostava (jogar, esportes, amigos)
• Alteração de apetite – Perda ou ganho de muito peso em pouco tempo
• Alteração de sono – Insônia, sonolência na escola, pesadelos, sonambulismo
• Alteração na atividade psicomotora – Lentificação ou agitação
• Diminuição de energia – Queixa de cansaço, falta de energia, muito tempo deitado
• Sentimento de desvalorização e culpa excessivos – Baixa autoestima, excesso de autocrítica (“sou feio”), ideias de rejeição (“Ninguém gosta de mim”)
• Dificuldade de raciocínio, de concentração ou indecisão crônica – Piora no rendimento escolar, esquecimentos, distração excessiva, dificuldade para tomar decisões
• Pensamentos sobre morte – fixação em temas relacionados a morte ou violência, comportamentos auto-agressivos (corta-se, arranhar-se)
O tratamento envolve profissionais especializados como: psicólogos, psicopedagogos e psiquiatras. A família é parte essencial do tratamento, que pode levar meses até que uma resposta satisfatória aconteça.
Caso note isso em alguém perto de você, procure ajuda especializada. Aqui na Ensinamente temos profissionais capacitados, que vão saber conduzir para o melhor diagnóstico e tratamento da depressão infantil.
Sâmya Bitar
Psicóloga Clínica – CRP: 06/133015
Bibliografia:
Saúde mental na escola: o que os educadores devem saber / Gustavo M. Estanislau, Rodrigo Affonseca Bressan (Organizadores). – Porto Alegre: Artmed, 2014.
https://www.cdc.gov/childrensmentalhealth/depression.html
