Transtorno de Déficit de Atenção (TDA) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) são termos comuns hoje em dia, comumente usados por jovens nas redes sociais para descrever suas experiências com o mundo. O problema é que muitos deles não contam com um diagnóstico por parte de um profissional, e este é um problema.
Nem toda dificuldade de concentração representa um diagnóstico de TDA ou TDAH, e por isso é importante deixar claro que falamos de um transtorno de ordem neurobiológica quando tratamos destes assuntos.
No fim deste artigo, você terá alguns recursos necessários para trabalhar no reconhecimento desta condição, mas nada substitui o diagnóstico de um profissional.
Por que a distração nem sempre é TDA ou TDAH?
Ser uma pessoa distraída não significa ser uma pessoa com um transtorno de atenção. TDA ou TDAH são transtornos neurobiológicos, ou seja, tem uma causa física por trás. Há alterações bioquímicas nas regiões pré-frontal e pré-motora das pessoas com esta condição, e como a região frontal é que regula o comportamento por meio do autocontrole, a inquietação e os impulsos são resultados das falhas nessa região.
As manifestações desta alteração neurobiológica costumam acontecer ainda na infância, se estendendo por toda a vida adulta. Como tem influência genética, o transtorno pode marcar presença em diferentes membros de uma mesma família.
Qualquer pessoa pode se distrair quando o foco está no celular ou na televisão, por exemplo, mas pessoas com TDAH se distraem não só com o ambiente, mas também com pensamentos excessivos na própria mente. Junto da dificuldade de autocontrole, esses pensamentos podem levar a comportamentos impulsivos e a dificuldades de focar em apenas uma coisa.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) conta que cerca de 4% da população mundial convive com o transtorno, sendo 3 milhões de brasileiros nesta condição. O acompanhamento psicoterapêutico é indispensável, pois questões mais graves podem surgir a partir destes transtornos, como depressão ou dificuldade de aprendizagem.
A importância do diagnóstico
Se apegar a superficialidade das características do TDA e TDAH é um risco, e mesmo que a pessoa tenha o transtorno, o autodiagnóstico não garante melhoria nos desempenhos cotidianos ou nos relacionamentos.
A ida ao psicólogo é essencial, e deve ser seguido por uma sequência de abordagens psiquiátricas e farmacológicas. Além disso, para chegar ao diagnóstico correto é importante entender a história do paciente, conhecendo o histórico familiar e as características da infância.
5 perguntas para chegar mais próximo de um diagnóstico
Lembramos que este artigo pode ajudar você a reconhecer os sintomas do TDA ou TDAH, mas não é um diagnóstico. Confira cinco perguntas para chegar mais próximo a uma conclusão em relação a este transtorno. Se você responder positivamente a estas perguntas, chegou a hora de buscar um atendimento psicoterapêutico.
- Você tem dificuldade em gerenciar e priorizar tarefas diárias, resultando em trabalhos sendo iniciados muito tarde ou entregues após o prazo?
- Existe a tendência de ser desorganizado e perder objetos com frequência, afetando a eficiência e a produtividade?
- Você tem propensão à procrastinação e dificuldade em concluir tarefas repetitivas, o que o leva a atrasos e desgaste mental?
- Interrompe ou fala antes do fim de uma pergunta ou resposta em interações, o que afeta negativamente a comunicação e as relações interpessoais?
- Você tem dificuldade em manter a concentração e tendência a se distrair facilmente, incluindo “sonhar acordado” durante reuniões ou conversas importantes, afetando a compreensão e as relações?
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